terça-feira, 23 de outubro de 2012

Universidade acusa ministra alemã da Educação de plágio

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Universidade acusa ministra alemã da Educação de plágio

16 de outubro de 2012 23h00


Segundo relatório, Annette Schavan teria plagiado trechos de sua tese de doutorado, defendida em 1980. Confidente de Angela Merkel, ministra teve integridade defendida por professor orientador. A ministra da Educação, Annette Schavan, enfrenta um momento crítico de sua carreira política. Após acusações de plágio, a Universidade de Düsseldorf investigou a tese de doutorado apresentada pela atual ministra em 1980. No último fim de semana, foi divulgado um relatório da instituição confirmando as acusações.

O documento de 75 páginas acusa Schavan de fraude e aponta "o quadro característico de um procedimento de plágio" em diversos pontos da tese, informou a revista semanal Der Spiegel no último domingo. A análise à qual a publicação teve acesso, elaborada pelo professor Stefan Rohrbacher, faz referência a passagens sem a devida referência bibliográfica em 60 das 351 páginas do trabalho. A ministra nega as denúncias.

O professor que orientou a tese de Schavan, Gerhard Wehle, qualificou a ex-aluna como "uma pessoa absolutamente íntegra". "O trabalho fazia total jus aos padrões científicos", declarou ele ao jornal Rheinischen Post desta terça-feira.

Segundo Wehle, Schavan escolheu uma abordagem interdisciplinar para o trabalho apresentado em 1980, um "risco" para uma jovem estudante naquele tempo. Para o professor de 88 anos, o trabalho de mais de 30 anos atrás não pode ser avaliado segundo os parâmetros científicos atuais. Wehle disse ainda não ter sido contatado pela universidade a respeito do relatório.

Tese controversa
Aos 57 anos, Schavan é confidente da chanceler federal alemã, Angela Merkel. Após ocupar o cargo de ministra da Cultura do Estado de Baden-Württemberg durante dez anos, ela assumiu o atual posto de ministra da Educação e Pesquisa em 2005. Desde 1998, Schavan é também vice-presidente da União Democrata Cristã (CDU), o partido de Merkel.

Em maio, caçadores de plágio na internet haviam acusado Schavan de não ter fornecido corretamente referências a outros autores para passagens sobre o tema "indivíduo e consciência". A Faculdade de Filosofia da Universidade Heinrich Heine de Düsseldorf conduziu, então, uma investigação a pedido da própria ministra, que resultou no relatório que veio a público no fim de semana.

O ministro da defesa, Thomas de Maizière, também da CDU, criticou o fato de a análise da universidade ter sido divulgada na imprensa antes que Schavan tivesse conhecimento dele. "Confio plenamente em minha colega", declarou ao jornal Ruhr Nachrichten.

Para De Maizière, é preciso agora aguardar o processo probatório da universidade e dar a Schavan a oportunidade de se... ( continua em http://noticias.terra.com.br/educacao/noticias/0,,OI6232721-EI8266,00-Universidade+acusa+ministra+alema+da+Educacao+de+plagio.html )

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